sexta-feira, 14 de outubro de 2011

A Caligrafia

Molda-se o papel de seda
à escrita ondulante
das mãos;
no desenho amante
de cada traço,
cada letra é um laço
apertado,
soletrado pelos lábios
sábios de amar;
cada sílaba nascente,
que desliza, urgente,
é um afago por dar,
e as palavras
são linhas fechadas,
promessas consumadas
num beijo silente,
certezas desenhadas
a tinta permanente.